Presidente Bolsonaro e ministro Luiz Fux acreditam que TRF6 aumentará agilidade na Justiça Federal
Na cerimônia que marcou a instalação do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6), realizada nesta sexta-feira (19), o presidente Jair Bolsonaro destacou o longo histórico de debates que levou à criação da nova corte e disse que, a partir de agora, a população terá mais celeridade nos processos.

O presidente disse ter tido dificuldade para escolher os nomes dos novos desembargadores federais para a primeira composição do TRF6, a partir das listas enviadas pelo STJ, por serem todos os candidatos de alto nível profissional, e lhes desejou boa sorte no trabalho que se inicia. "Tenho certeza que, com paz no coração, os senhores distribuirão justiça para todos em nosso Brasil", declarou.
Novo tribunal combate morosidade no Judiciário
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luiz Fux, falou sobre os efeitos nocivos da ausência do TRF6 para a Justiça Federal, especialmente em relação à demora na tramitação de processos.

"O legado construído pelo TRF6 não garantirá somente maior acesso à Justiça, ao conferir maior capilaridade à Justiça Federal no estado de Minas Gerais, como também otimizará a tramitação, a análise e o julgamento dos feitos – concretizando o postulado constitucional da duração razoável do processo", afirmou o magistrado.
Ao homenagear os desembargadores empossados, Fux destacou os desafios da magistratura e ressaltou a importância dos julgadores para a construção de um sistema de Justiça democrático e acessível. Para o presidente do STF e do CNJ, especialmente na judicatura colegiada, os juízes devem sempre manter a sensibilidade, o apego ao conhecimento e a superação de diferenças.
TRF1 atendia 37% da população brasileira, diz presidente do Senado
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou que as dimensões de Minas Gerais e a forte demanda sobre o TRF1 exigiam a revisão da estrutura da Justiça Federal. Ele mencionou dados do Relatório Justiça em Números de 2018, publicado pelo CNJ, segundo os quais a área do TRF1, em sua antiga configuração, correspondia a 80% do território nacional, abrangia 46% dos municípios do país e atendia 37% da população brasileira.


Portela lamentou a situação das famílias de Minas Gerais que, durante a pandemia, tiveram dificuldade para acessar o Judiciário federal, mas exaltou a possibilidade de que a nova corte mude esse quadro.